sábado, 18 de junho de 2011

Loreena McKennitt - She Moved Through The Fair

Loreena McKennitt - She Moved Through The Fair from jeisten dou on Vimeo.


Luz é Amor
Amor é Luz
Mara

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Um ano sem Saramago, a voz cortante da verdade

Postado por Tijolaço



Hoje, faz um ano da morte de José Saramago, talvez a maior expressão da literatura de língua portuguesa da atualidade. A homenagem que o Tijolaço presta ao homem que teve hoje suas cinzas depositadas em frente ao rio Tejo, pela sua viúva, a espanhola Pilar del Río diante do local onde funcionará a Fundação José Saramago e ao lado da oliveira de que ele fala em seu livro “As pequenas Memórias”, trazida de sua aldeia natal, Azinhaga do Ribatejo e replantada em Lisboa.
Ouça, aí em cima, as palavras de Saramago sobre a democracia e a limitação dos poderes do povo.

Dep. Brizola Neto

Luz é Amor
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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Gaia: Uma viagem pela perspectiva do espaço


Ative a legenda levando o mouse até "cc", depois clique em "Traduzir legenda" e, em seguida, escolha o idioma a ser traduzido.

Fonte: SpaceRip

Luz é Amor
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Auroville: A cidade dos sonhos

Publicado pela revista Bons Fluídos

Conheça a Auroville, uma comunidade no sul da Índia, que busca a unidade entre os homens, investe em tecnologias sustentáveis e tem uma arquitetura contemporânea

por Cecília Reis

As construções, como o Centro dos Visitantes, não seguem qualquer padrão e expressam a multiplicidade de visões dos moradores. Aí acontecem shows, exposições, e é onde ficam as lojas
Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia
Cidade universal, ponte entre o passado e o futuro, caminho de transformação... Auroville já mereceu incontáveis definições, na tentativa de sintetizar o que ela representa. Para a designer paulista Ruth Reis, que acaba de desembarcar de uma viagem à Índia, a melhor palavra é esperança: "É possível viver de um jeito simples e natural, sem tanta angústia nem pressa".

Há 40 anos plantada na região de Villupuram, no Estado de Tamil Nadu, a cidade que surgiu do sonho de um filósofo hindu, Sri Aurobindo, que perseguia o sentido da vida e acreditava que o caminho para conquistar a paz e o equilíbrio seria a união entre os homens. Debruçada sobre a Baía de Bengala, que engloba quase 100 vilas espalhadas por uma área de 20 quilômetros quadrados, com uma população estimada em 3 mil pessoas originárias de mais de 45 países - apenas metade dos habitantes é indiana. "É um lugar onde se vive pacificamente, somando em vez de competir", diz Ruth.
Localização de Auroville

"Auroville simboliza a procura de liberdade, e a liberdade sempre desafia a ordem. O projeto só poderia acontecer na Índia, onde impera o caos, as buzinas não param de tocar, vacas e gente se misturam aos carros num trânsito de enlouquecer até paulistano. Um país sem regras, palco da diversidade mais absoluta, em que a tecnologia de ponta convive com uma cultura riquíssima em tradições," completa.

Se estivesse vivo, Sri Aurobindo, o grande pai dessa comunidade, com certeza concordaria. Ele mesmo definia a Índia como uma "divina anarquia", um ambiente de extrema complexidade, que inspira viver intensamente a experiência humana. Ele ainda dizia: "O homem tem de tomar consciência de seu ser interior e só depois se organizar espontaneamente, sem se submeter a leis externas a seu espírito". O mestre, autor de vários trabalhos espirituais, defendia o direito de cada um identificar seus rumos, mas lembrava que para tanto é preciso se libertar da autoridade do ego. Auroville foi pensada como um cenário que estimulasse justamente essas conquistas.

Vida real

Liberdade é o mantra. Mas que não se confunda Auroville com a ideologia do flower power dos anos 1960. "A cidade não tem nada a ver com as antigas coletividades hippies, onde se vivia na ilusão, sem fundamentos nem propósitos", afirma o professor de ioga Marco Schultz, de Florianópolis, Santa Catarina, que há mais de 12 anos lidera grupos de estudo em viagens a centros de peregrinação espiritual.

"Aos hippies faltava ética. Em Auroville se exercita a consciência", diz. Além disso, havia naquelas tribos um desprezo visceral pelo conforto - considerado supérfluo - e pela produtividade. Nesse projeto não é pecado produzir, muito menos consumir. "A rotina é concreta", afirma Ruth.

Para sobreviver é preciso trabalhar, pagar impostos (33% da renda vai para a comunidade) e estresse não é uma palavra rara. Em contrapartida, há a certeza de que se pode contar com o outro e que a ele devemos nossa solidariedade. "A comunidade tem diretrizes pautadas no bem comum. A propriedade é coletiva e a administração cabe a um conselho composto por um representante do governo da Índia, um conselheiro internacional e os moradores. A proposta é colocar o ego a serviço da consciência e empenhado na busca pela unidade", diz Schultz.


O Matrimandir, espécie de templo, ocupa essa esfera metálica dourada, no centro da cidade. 
Sua arquitetura grandiosa domina a área da paz, como é chamado esse pedaço da urbe
Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia

Este é o caminho

Ali, vive-se na contramão do capitalismo. Crescer não é a prioridade. Qualidade de vida, isso sim é uma aspiração imediata.

Apesar do tom esotérico, essa busca pela consciência não se atém a uma religião. Aliás, a proposta é a não religião que abriga todas as formas de fé sem impor nenhuma.

Há abertura para todos os homens de sabedoria, mas não se deve limitar a uma tradição religiosa. Não há gurus nem dogmas. "A Mãe é uma inspiração. Porém, a responsabilidade de nossas próprias ações é individual", afirma Schultz.

Visitar o Matrimandir evidencia esse valor. A construção em forma de esfera, dourada, é um templo sem deuses, silencioso, que concentra uma energia feminina ligada à força da criação e a valores como compaixão, leveza e amorosidade. O único barulho é o da água corrente, que embala a meditação, prática hinduísta adotada como canal de autoconhecimento. "Para ser livre é importante entrar em contato consigo mesmo", diz Schultz.


O metal dourado do Matrimandir reflete a luz do sol, criando um efeito mágico na cidade. Na foto ao lado, o Centro Financeiro, espécie de banco e núcleo de negócios que administra o dinheiro dos moradores e orienta o uso dos impostos e das doações que a cidade recebe
Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia

Desafios

Calma, mas conectada, a comunidade imaginada pelo mestre está em perfeita sintonia com a tecnologia, o design e ainteligência do mundo contemporâneo. Há um estímulo especial a práticas sustentáveis, como o uso de bambu na arquitetura e a ampliação das diferentes formas de energia solar.

Muitos quilômetros de floresta foram replantados, a fauna foi reintroduzida, o uso sustentável de água e energia virou prática, e há uma campanha constante para reciclagem e redução dos resíduos.

Nas escolas - são seis, atendendo crianças de todas as vilas -, a pedagogia da livre escolha permite optar por matérias, de modo que cada aluno descubra seu potencial. Esportes e arte são altamente valorizados. Apesar das concepções que regem a comunidade, Auroville enfrenta as mesmas questões de outras cidades do mundo. Surpreendentemente, há vestígios de violência e destruição.

O sonho de Aurobindo caminha lentamente, dependente de doações do governo da Índia, de ONGs e de pessoas de boa vontade. Para os otimistas, como a designer Ruth Reis, esses passos vagarosos representam uma nova percepção global. Ela enaltece a cidade-laboratório, em que se experimentam novos modelos de convivência e de vida urbana, tão necessários ante a falência em que as cidades se encontram.

Mais Imagens de Auroville:


Sri Aurobindo
Auroville: Projetada no formato de uma galáxia







Auroville
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